segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Eco Poético.

  A madrugada me chamou para dançar, com sua valsa medida e bem vestida, veio até meus braços me ensinar a dançar; essa dança de tristeza que nos levou até o pilar das angústias passadas. São sinfonias não mais silenciosas que quebram as horas em busca de novos admiradores, fantasmas que vagam na inconstância da noite abrindo as portas dos nossos segredos não preparados para a valsa macabra das horas contínuas. São lamentações e murmúrios que se transformam em ótimos dançarinos, arrancando dos saltos o som dos suspiros chorosos.
  Brindemos, então, minha graça, às expectativas não alcançadas, as inverdades sofridas no peito e na alma, como a celeste incompletude de dias que deveriam ser apaixonantes. Cadafalso de palavras revestidas do cálix da amargura, perfídia como sombria oscilação dessa alma ainda muda. Assim como corvos famintos a sobrevoarem teu céu, as dores se copulam em tua face, adentrando em teu peito despedaçado, dando mais escuridão às partículas que sobraram dessa fé poética que, hoje, lhe causa ânsia de vômito.
  Por Deus, eu sei, antes sentia a mão da divina esperança sobre tua cabeça repousar. Agora, olha-se moribunda e perdida, sem uma gota de sorriso ao longo desse centenário de lamúrios não revestidos, transformados em trêmulos lábios de ansiedade, em busca da vida nova nas celestes auras não partidas. São criações desse teu peito danado e teimoso que ainda consegue resgatar orvalhos de força para ultrapassar as tormentas à caminho do sol da liberdade; um heroico ato, movido por uma legião de sentimentos arraigados a tua alma que ainda se locomove. São respirações espirituais de uma tentativa real de recomeço, olhos enamorados que rejeitam a dor manifestada em rostos; filhos da própria história, hoje, andando sozinhos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sou Psicopata.

   Etimologicamente falando sou sim psicopata, doente da alma, cheia de danos e más recordações. Tenho também como sensação preferida, a misantropia, o tédio a humanidade. Pessoas me cansam. Na pele, no riso e escondida atras das palavras, trago marcas que tendem a crescer ao decorrer do tempo. Costumam dizer que o remédio é o tempo, ainda acho que é a poesia, a invenção, a paixão. Invento. Amo. Desamo. Apego. Desapego. Mudo. Re-invento meu passado nela, por isso esqueço as magoas, as transformo no que deveriam ter sido, prevejo meu futuro e o faço como quero. Enquanto ao presente, escrevo pouco dele, porque nele estou sempre a escrever. Lembro que uma vez meu pai perguntou-me porque comecei a poetizar minha vida, ou a que gostaria de ter, respondi-lhe que só assim conseguia descansar, hoje minha resposta seria outra, hoje minha poesia vai além do alivio, ela hoje também é o meu peso, talvez minha alma poética faça de mim uma escrava, alguém viciada, dependente, da minha alma doente e de um papel, diria ao meu pai também que não comecei a poetizar minha vida, sempre a poetizei, mesmo quando não as escrevia, porque minha alma doente, ainda não morreu porque sente poesia, eu respiro poesia, e sempre a respirei.
   Acho que minha alma não morrerá, porque poetas não morrem, são eternizados n’um papel, por isso decidi escrever este texto, falar da minha alma, para que ela nunca se vá. Já me chamaram de louca, de tola, mas vejo com clareza que é realmente isto que todo poeta é, um louco, louco de amor, e orgulho-me dessa doença me apossar. Assim como todo psicopata necessita de seus tratamento, necessito dos meus, uma dose de café e um caderno em branco. Tenho minhas manias de louco também, converso sozinha ou melhor com meus muitos eus e seus desejos. Morro neste mundo imundo e renasço nos papéis e ainda assim sempre volto a respirar com a alma doente. Doença dos amantes, dos apaixonados! Meus dramas são todos mexicanos, e todos viram poesias, porque só dramatizar na mente não teria graça. Faço novelas, faço contos, faço verdades que não passam de mentiras bem escritas, e acredito em todas. Quando minto verbalmente no meu dia-a-dia sempre sou apanhada, e me convenço que meu talento é outro, mentir no papel, enganar a todos e a mim, com minhas estorias de amor ou de desamor. Outro dia eu me vi n’um debate incessante com meu professor de sociologia e me veio subitamente uma poesia em mente, dessas que se não anotas rapidamente fogem de tua mente na mesma velocidade que uma estrela cadente passa no céu. Eu corri. Abri meu caderno e anotei a ideia central da futura poesia “o lixo do mundo”, e quando estava novamente pronta a debater, me veio da alma doente um grito, que saiu de minha boca como um eco - ”O lixo do mundo, o mundo é o lixo, não sendo lixo, sendo a lixeira” o professor me disse “poetas são psicopatas, convencem o mundo com suas mentiras, converteu-me que este lixo é mesmo sem fim”, então eu pensei “Que tolo! Não vê que a filosofia das nossas almas poéticas, é outra, é reciclar”.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em busca da verdadeira Felicidade.

  As pessoas vivem em uma incessante busca pela felicidade. Buscam, buscam, trilham caminhos árduos…Acabam por nem observar a paisagem ao longo desses caminhos.  E a felicidade é justamente isso. É o caminho, é a busca, é o crer, é o ser, é o QUERER. Sim, querer. Querer estar bem consigo mesmo. Querer se sentir bem. A maioria dos seres humanos acredita que a felicidade se encontra nas grandes coisas, nos grandes sonhos, nas grandes realizações. Mas é aí que se enganam. A felicidade é o tipo de coisa que vai acontecendo, vai fluindo…É um processo gradativo. É um acúmulo de alegrias. A alegria por si só, não. Essa é passageira. Dá e logo, logo, passa. A alegria é proporcionada por prazeres externos… Já a felicidade, ah…a felicidade. Essa, meu amigo, está dentro de você. Quer ser feliz? Vire-se do avesso. Ou melhor, revire-se. Talvez, se você parar um pouquinho de fugir de si mesmo e começar a olhar pra dentro de si, você consiga encontrar essa tal felicidade. Você precisa descobrir o que te move, o que te desperta. O que você procura pode estar ao alcance do seu olhar. Coisas tão simples que acabam por tornar-se complexas por uma simples falta de visão do ser humano. Um sorriso, uma conversa afetuosa, um filme com quem se ama, uma volta no parque, um abraço de mãe, uma fruta colhida do pé, o pôr do sol, a lua cheia, a areia quentinha abaixo de seus pés. Todos esses momentos nos provocam sensações indescritíveis de estar bem e de querer permanecer bem. Esses pequenos momentos de alegria é que vão se unir e formar a tal da felicidade. Pequenos momentos que as pessoas deixam passar pois estão muito ocupadas com a tal da busca infindável… Vivencie a sua busca pela felicidade, sinta! Entre em sincronia com você mesmo. E assim, quando menos perceberes, estarás sendo feliz.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aquela carta...

  O mundo mudou. As cartas não precisam de remetente, os prédios cobrem-se com espelhos e dispensam janelas, o ar não é mais natural, mas condicionado, as músicas só precisam de letras e quaisquer acordes formam melodias. Você mudou. Agora, camufla-se numa sociedade depreciativa e injusta, faz-se dono de si mesmo e recusa minhas doações sinceras de afagos. Só posso dizer que também mudei. E nesse planeta tão cheio de gente vazia, eu quero fazer-me âncora de cabeça para baixo, pois muito discordo e dessa ideia de prender-me ao chão; tenho mesmo que segurar as nuvens e o céu, mirar o alto, ultrapassar as gaivotas, começar por baixo e elevar-me ao infinito. Aqui, nesse protótipo de masmorra, eu quero metamorfosear-me em fênix, pois nutro incrível admiração por esse ser tão puro, doce e sábio; acho que renascer das próprias cinzas traduz um pouco dos meus ideais e afirma que a morte não existe, é só ilusão. Eu quero prolongar para a eternidade essa vontade louca e deliciosa de escrever, pois nas palavras ponho um pedaço de mim e despejo o peso dos fardos que carrego. E, ah, se o mundo moderno e instável soubesse como a leveza que me domina é confortante! Rasgaria a camisa de força que o prende e leria uns livros de poesia…
  Mas o mundo não sabe. Ele continua preso, agarrado às correntes, escondendo o portal da liberdade de si mesmo. Aqui, nesse canto, eu quero desatar os nós que me mantem refém de um lar contraditório, desigual e infeliz para poder criar asas e planar alturas inimagináveis. Eu quero parar de querer e ser, fazer e tornar-me, tão simplesmente, reflexo dos desejos sinceros e singulares que residem em meu âmago. Enquanto não o faço, olho pela janela e vejo.
  As pessoas mudaram. Hoje não acreditam mais no pote de ouro no fim do arco-íris, esperam a chuva passar dentro de seus respectivos automóveis e escrevem no diário duas vezes por ano. Vi também que meus rabiscos sempre começam com o pronome “eu” e isso talvez signifique que eu procuro loucamente por mim mesma, reforçando os traços da minha personalidade em formação. É que também mudei, estou mudando.
  E, sinceramente, hoje só espero que o mundo encontre as chaves que deixei sob o carpete…

Ausência.

   Sem nunca ter sentido o gosto dos teus lábios, sabia que teriam o gosto mais doce do mundo; sem nunca ter olhado-o nos olhos, sabia que seria o olhar mais encantador; sem nunca tê-lo tocado, sabia que teria a pele mais macia e cheirosa que possível ter; sem nunca ter ouvido a tua voz, sabia que seria a que permaneceria em minha mente para sempre. Sem nunca ter amado, sabia que amava-te. Uma história sem prolixos, um único olhar responderia a todas e quaisquer perguntas. Todos os parágrafos dos textos presentes nas cartas (que mandava-te e que mandava-me) eram extensos, mas com uma conclusão simples e resumida: amávamos-nos. Tua letra caligrafada e a minha desleixada, ambas juntas tornavam-se perfeitas; nossas almas, uma pertencente à outra, eram incríveis, exuberantes. Queríamos um amor eterno, esbelto e incólume; queríamos um ao outro. Desejavas juntar as cartas quais recebi de ti e mostrar-te que guardei todas elas, numa caixinha que deste-me de presente; mostrar-te que ali, era resumido o nosso amor (um resumo bem extenso, com todas aquelas cartas). Contava-me os teus sonhos com nossos corpos colado um no outro; contava-me que sentiu em si mesmo, quando, num dos muitos sonhos, nossos lábios tocaram-se. Partilhávamos todos os sonhos ou devaneios que tínhamos; contávamos quais eram as nossas reações ao ouvir tocar a nossa música num lugar preenchido por uma multidão (eu bailava sozinha, imaginando teu corpo no meu). Lembrávamos das primeiras conversas, sem saber que tal imenso amor iria nascer ali. Agora aqui jaz um amor, só de mim (de mim à ti); pois, onde foste o teu amor (por mim)? Cansou-se e cessou-se? Perdemos-nos um do outro; fugimos um do outro; mas por quê? Perdi-te, perdi o caminho, perdi os sonhos; mas não perdi o amor, ainda carrego-o aqui comigo; como uma faca afiada que encontra-se dentro do coração, que vai rasgando e apagando a cor, dum vermelho límpido, de meu coração; e rasgando meu peito, perfurando-o dolorosamente. Indago-me: serás que nossas almas ainda irão encontrar-se por aí? Perdidas no mundo, com a ausência de “nós”, do amor de mim por ti e de ti por mim…  Afagou e depois afogou o nosso amor? Enterrou, soterrou e asfixiou-o?O nosso diálogo, agora és o meu monólogo. Sinto a nostalgia da tua alma, sinto nostalgia do “nós” que tu deu um “nó” e trancafiou num lugarejo qualquer. Martírio de nosso amor, oscilação de minha alma, dor da ausência que fazes-me. Não lhe eras o suficiente, lhe machucava ou tropicou numa outra alma mais límpida? São tantas perguntas para lhe fazer; és tanta a saudade que faz-me; és tanta a dor que dilacera-me. Tua partida roubou-me o pouco brilho que possuía, ofuscou-me por inteira.

sábado, 10 de setembro de 2011

A sua inexistência

  De vez em quando, pra não dizer em sempre, enquanto a claridade cede espaço à escuridão, eu fico ali sonhando qualquer coisa meio boba que me faça flutuar. E enquanto o sol colore o céu de um tom laranja, eu sento-me em mesa para dois e imagino que estou te esperando chegar com o sorriso das 7, e um abraço apertado. E eu digo até meio convicta, que pra tudo já tenho par. Ando na rua com amor a tiracolo te esperando me encontrar. E a mão balança, dança, abana o vento procurando outra para segurar. De vez em quando eu tiro som do violão desafinado, como quem faz música de amor sincero. E eu faço filme, vejo drama de ciúme aflito, e na calada da consciência, desejo ser apenas eu perto de ti. E o telefone quando toca, assusta meu coração abobado, que sorri desapontado por se lembrar que você nem tem o meu número. Levo dinheiro pra duas casquinhas, caso eu vá te convidar na praça pra tomar um sorvete, em qualquer tarde de domingo. Dá pra entender o coração acelerado, criando sonhos ao despertar, sem que eu ainda nem pude te encontrar? A gente tem que se esbarrar em algum canto por aí, pra sem querer eu te encontrar e você me descobrir.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

  Não há estrelas essa noite. Vai chover. Assim eu espero. Ansiosamente. Espero a chuva e sua permissão para ser um pouco melancólica e poder dormir ouvindo águas que não são minhas. Vendo lavar a rua e balançar os galhos, espanar poeiras escondidas e revolver a terra do morro, manchar os pés dos passantes. Espero que a chuva salpique meu quarto e levante aquele cheiro de capim molhado. Mas gostoso que o de poeira assentada, que insiste em permanecer nos móveis, mesmo depois de espanar. O vento passeia por entre as roupas na cadeira, balança os papéis sobre a mesa e me dá esperança, de quem sabe, um dia, mudar tudo do lugar. Espero a chuva, como quem tem esperança.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Duvide ou acredite.

  Eu cheguei a estar lá… Mas não tenho certeza de que isto tenha realmente acontecido. Os sonhos que tenho as vezes me pregam peças e acabo esquecendo do que é real e o que é imaginário. Só me lembro que o céu estava da cor do lago cheio de folhas amarelo-ouro a flutuarem sem pressa.   
  Recordo-me do asfalto: vazio. E a imensidão se distendia por todos os lados, preenchia a vista. As formas da natureza esquecida esmerava-se nos recantos sombrios, distantes das ruínas que eu estava acostumado a presenciar. Recordo-me do gosto amargo que senti na boca na noite anterior e dos meus olhos que não se pregaram a noite toda. As horas calmas vazaram e se espalharam, enquanto estava lá, pelo mundo, entre a cidade que agora dorme. 
  O vento gélido atravessou os vales, os cumes, as folhas o lago e eu. Senti meus pés formigarem, senti meus olhos se fecharem e pensei no porquê das coisas serem como são, tão desconexas à contra mão. Porque ainda existo sem razão?
Afinal, meu ser ainda percorre as linhas imaginárias de todas as escapatórias que propriamente criei, uma espécie de fuga que ameniza a realidade de não ter para onde correr. Ao abrir os olhos, encontrei o meu quarto, com as janelas abertas e o mesmo vento frio a atravessá-la. E me atravessar. Os galhos que se movem lá fora estão com as folhas que um dia irão despencar e transitar calmamente no lago. As mãos que aperto aqui são a representação do que não posso tocar por dentro.
  E é assim todos os dias: fecho meus olhos em busca da proteção que está impregnada nas linhas imaginárias que percorro ao escapar do que me prende aqui, ao escapar de mim.
   Eu poderia ser uma bela definição pra palavra contradição! De vez em quando me perco no meio de tanta contrariedade e de tanta opinião temporária. Às vezes creio ter mais de uma personalidade! Juro que não faço por mal, ora, ter duas caras soa até mal-caratismo, mas só depois que percebo no buraco de contradição que tô caindo. Digo palavras lindas e tomo atitudes verdadeiramente medíocres, respiro fundo e no minuto seguinte não acredito que fiz tal coisa, parece idiotice depois que faço, até me arrependo depois… mas deixo pra lá, o pouco orgulho que ainda me resta não permite que eu fique remoendo nada. Orgulho é uma coisa que me tira do sério. Não suporto gente orgulhosa, mas é só nas outras pessoas, não sou uma pessoa pra lá de orgulhosa, mas adoro quando o mesmo vem de mim, acho o máximo fazer os outros virem atrás de mim. Minhas relações de afeto também são meio conturbadas, quando começo a gostar de alguém, me afasto, esqueço, algo acontece, desanda tudo. Não sinto inveja, longe de mim ficar de invejinha, mas digo odiar sem ao menos saber o nome do indivíduo. Juro que já tentei parar com isso, já me repreenderam o bastante, mas eu sempre acerto, aponto o dedo e digo meia dúzia de verdades. Meu amor é destinado pra pouquíssimos, em compensação tenho amor incondicional pelos mesmos, daquele amor de querer transformar a pessoa num boneco meu e levar pra tudo quanto é lado, de ficar agarrado o dia todo… mas em dez minutos já tô cansado da mesma voz ecoando no meu ouvido. Odeio que sintam ciúmes de mim, acho idiotice e enche meu saco, mas se eu pudesse proibiria meus amigos de falarem com outras pessoas e odeio quando os mesmos fazem amizades novas. Sou do tipo ciumento que faz um dramalhão tremendo. Guardo rancor e nunca esqueço a sacanagem que fizeram comigo! Prometo pra mim mesmo dar um gelo de um bom tempo na pessoa mas no dia seguinte acabo esquecendo e deixo pra lá. Pior mesmo só quando chamo alguém de arrogante. Não aceito estar errado, não mesmo, sou o dono da verdade e já me apeguei a esse fato,sim, pra mim um fato. Odeio infantilidade e falta de maturidade mas volto a ter sete anos em brincadeiras. Também não aceito perder nada, jogo ”pedra, papel e tesoura” como se estivesse valendo minha vida. Eu já tentei mudar e andei tendo uma mania ridícula de tentar me entender, mas desisti, decidi me aceitar e ao mesmo tempo deixar de fora quem não me aceita desse jeito desvairado. Me apeguei a essa frase e decidi levá-la no bolso a calça: ”já que sou, o jeito é ser.
Eu desafino, perco o tom, eu grito aos quatro ventos. Procuro, continuo procurando por algo ou alguém. Tropeço, choro, levanto. Choro mais uma vez e vou secando minhas lágrimas enquanto anseio na busca pelo inimaginável. Passo por terras desconhecidas, tomo caminhos um tanto perigosos. Idas e vindas me compõem.