sábado, 10 de setembro de 2011

A sua inexistência

  De vez em quando, pra não dizer em sempre, enquanto a claridade cede espaço à escuridão, eu fico ali sonhando qualquer coisa meio boba que me faça flutuar. E enquanto o sol colore o céu de um tom laranja, eu sento-me em mesa para dois e imagino que estou te esperando chegar com o sorriso das 7, e um abraço apertado. E eu digo até meio convicta, que pra tudo já tenho par. Ando na rua com amor a tiracolo te esperando me encontrar. E a mão balança, dança, abana o vento procurando outra para segurar. De vez em quando eu tiro som do violão desafinado, como quem faz música de amor sincero. E eu faço filme, vejo drama de ciúme aflito, e na calada da consciência, desejo ser apenas eu perto de ti. E o telefone quando toca, assusta meu coração abobado, que sorri desapontado por se lembrar que você nem tem o meu número. Levo dinheiro pra duas casquinhas, caso eu vá te convidar na praça pra tomar um sorvete, em qualquer tarde de domingo. Dá pra entender o coração acelerado, criando sonhos ao despertar, sem que eu ainda nem pude te encontrar? A gente tem que se esbarrar em algum canto por aí, pra sem querer eu te encontrar e você me descobrir.

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