tag:blogger.com,1999:blog-43229447725692259222024-03-04T21:17:51.425-08:00Os fardos da vidaM. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.comBlogger96125tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-56996307087662442242013-08-09T10:01:00.002-07:002013-08-09T10:19:04.811-07:00É, acho que eu voltarei a escrever... Percebo que depois de ter abandonado esse meu recôncavo, hahahaha, senti um pouco de falta de publicar os meus escritos, ou algum texto ou poesia de algum escritor(a) que eu goste, sei lá... Provavelmente, eu apareça por aqui de vez em quando, claro, se eu tiver alguma coisa interessante para publicar aqui e, principalmente, tempo...<br />
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Enfim, tentarei mudar o nome desse blog. "Somos Sonhadores", não faz mais sentido para mim, e acho um pouco estranho, já que o nome "Somos Sonhadores" não condiz mais com a essência dos textos anteriores e a dos que serão "futuramente" escritos. Caso eu não consiga mudar o domínio do blog, pensarei em criar um outro, caso alguém queira "tentar" fazer eu mudar de ideia, hahahaha, quem sabe eu deixo esse mesmo. Ah, o mais engraçado, é que eu percebi que ainda tem pessoas que visitam isso aqui, hahahaha, pensei que já tinham deixado de lado isso aqui faz tempo, já que eu não publico nada desde o comecinho de 2012. Obrigada! por darem importância ainda a isso aqui, quando eu já nem lembrava mais.<br />
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Em quanto isso, deixo-lhes uma música da minha banda preferida.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="281" src="//www.youtube.com/embed/ug8CWIasWi8" width="500"></iframe>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-59488287985597744032012-02-22T10:22:00.008-08:002012-02-22T12:40:11.211-08:00O suicídio começa por dentro.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/1nCdkfsHPV0" width="480"></iframe><br />
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<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Tão jovem e já tão acabada... sem vontade de viver, de continuar de pé, de ao menos levantar da cama toda m</span><span class="s" style="font-size: small;">anhã</span><span style="font-size: small;">... tanta dor, tanto sofrimento ela sentia, mas lá estava ela de pé sorrindo e fingindo novamente pra todos que estava bem. Quando eu penso que as coisas estão melhorando, a vida vem me dizendo que estou errada, dando-me uma amostra grátis do verdadeiro inferno. Aprendi a sofrer em silêncio quando vi que ninguém queria escutar. Cansei! </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><b>Posso. Claro que posso. Apenas não sei se devo.</b> Se ainda é a hora certa. Talvez não seja. E talvez nunca será. Vai depender. Do meu humor. Da minha vontade. Do meu estado emocional. Vai depender de como, minha vida continuará. A decisão não será somente minha. Alguns fatores ajudarão a me encaminhar para minha decisão final. Que, antes que pergunte, eu não sei quando virá, ou se até mesmo um dia chegará a ser tomada. E como já disse no começo, eu posso. Se eu quiser, estiver convicta de que é o melhor a se fazer, nada e nem ninguém conseguirão me fazer mudar de idéia, muito menos impedir-me que o faça. Até mesmo porque, se eu resolver que sim, a hora certa chegou, não contarei a ninguém. Deixarei, talvez, alguma espécie de carta, ou nem isso, explicando alguns fatos, mas não detalhadamente. Não será necessário. O mais concreto eles terão. Que será a única coisa que de mim sobrará depois que eu concluir o que tinha a fazer. <b>Terão meu corpo. Desfalecido. Terão a minha casca.</b> Afinal, minha alma, minha vida, a minha essência já não estará lá. Eu terei acabado com tudo. Terei acabado porque achei ser o melhor a ser feito. O melhor a ser feito por mim. Não duvides quando eu digo que posso. Você não sabe do que sou capaz. Não conhece minhas dores, meus medos e minhas ang</span><span class="s" style="font-size: small;">ú</span><span style="font-size: small;">stias. Talvez, nem eu conheça-me totalmente. Se um dia eu chegar a tomar essa decisão, e acabar com tudo, não pense que foi uma loucura qualquer. Que me tornei apenas mais uma alma perdida. Confie no que te digo e saiba que foi total sanidade. <b>Que o fiz apenas por saber que morrer era o melhor a ser feito, que era o melhor que eu poderia fazer por mim</b>. E não me julgue, não me critique, te peço. Apenas se lembre de cada detalhe, e perceba que, antes mesmo de eu tirar minha vida, eu já vinha morrendo aos poucos, morrendo lentamente, só que por dentro.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Só pra deixar bem claro, não vou cometer suicídio, sou covarde até pra isso... como eu queria ter coragem de partir... mas algo me impede.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-87601252693377237402012-02-03T13:15:00.000-08:002012-02-03T13:15:16.705-08:00Chorou em silêncio.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Alguns dramas nunca são demais. Não é exagero meu dizer que ninguém se importa. Talvez meu pai ou minha mãe tenham alguma preocupação com meu futuro. Mas a verdade é que tudo que eles mais desejam é que eu faça minha vida e livre eles. Se você tenta falar isso para alguém, te cortam nas primeiras palavras e dizem logo que você está cheia de dramas. O fato é que ninguém sabe o que cada um passa dentro de si. “<em>Ninguém me entende</em>” porque ninguém pode entender mesmo o que acontece com o outro. E, para falar a verdade, eu não quero ser entendida também. O que desejo é que alguém possa simplesmente me escutar e, ainda que ache tudo aquilo que tenho a dizer a maior loucura, não julgar. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Mas o pior de tudo é a indiferença alheia. Custa ouvir só um pouquinho? Sem dizer que é drama, frescura ou baboseira? Pra quem quer ser ouvido custa. Custa porque faz toda a diferença. Faz qualquer um sentir-se aliviado. Só que ninguém está disposto a sentar e ouvir problemas alheios. Então você procura fazer isso com psicólogos desde… Sempre? É, desde que você começou a ficar “paranoica e cheia de frescuras”. Problemas psicológicos <em>it’s the new black. </em>E por conta disso, principalmente por isso, as pessoas vão te julgar como alguém que está querendo atenção demais. Quando tudo que você gostaria era ser ouvido ali no canto, receber um abraço verdadeiro e passar despercebido. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Então você se fecha e não fala nada para ninguém nunca. E passa a ser vista como orgulhosa ou convencida demais. E você vai desaparecendo aos poucos, como a fumaça se dissipa no ar. E as pessoas vão te esquecendo. E você fica muito bem com isso, porque era isso que queria, afinal. Ser esquecido para não ser um fingido. Uma vez que está cansado de ficar abrindo largos sorrisos só para agradar. E ficar respondendo que está tudo ótimo, quando na verdade não está. E o mais ruim de tudo isso é você mesmo não saber o seu problema. Então você tenta ignorá-lo e seguir um cotidiano que te force a fingir e fingir… E fingir. Aí quando você faz isso as pessoas pensam que você finalmente “voltou ao normal”. E você realmente voltou ao normal. Porque no fim, o normal é fingir.</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-65949417351277333822012-02-02T10:12:00.000-08:002012-02-02T10:12:18.870-08:00Eu sou um texto.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">O texto não precisa ser dramático. Não precisa ser escrito cheio de profundidades aleatórias, sangues inexistentes ou choros que você desconhece. Precisa de imaginação, jamais de fingimento. O texto é quase como um jornal: não precisa ser apelativo, ainda que às vezes isso nos fuja. A notícia errada traz a sensação de desconfiança. E ninguém quer palavras desconfiadas. Mas há, entre muitas coisas que ele não precisa ser, uma que ele precisa: seu. O texto precisa ser seu, repleto de você. Da sua dor até a sua maior alegria, todo seu. E quantas vezes me perguntarem o que o texto precisa ter, eu direi: ele precisa ter as doses suas do momento. E será seu, sempre seu, mas chegará aos outros como se fosse deles, e também será, por sentirem que não são os únicos. Repetindo, o texto é quase como um jornal, contando uma história com o seu protagonista, mas fazendo mil leitores a gravarem na memória e tomarem para si. O texto, meus queridos, precisa ser recheado de vocês</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-62005978689714361202012-02-02T09:54:00.000-08:002012-02-02T09:54:53.490-08:00Entre gritos e cochichos, me perco em meus próprios monólogos.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">As pontas de meus dedos estão levemente rasgadas, devido as cordas do violão que eu tanto insisto em tocar, e dessa forma, escrever parece ser uma tarefa quase impossível. Ninguém compreende essa minha necessidade de pôr pra fora tudo aquilo que me faz transbordar; fazem-se cínicos, como se conseguissem suportar os sentimentos que também carregam dentro de si mesmos. Ignoram-me, como se não soubessem o quão ruim é ter suas emoções menosprezadas. Mesmo assim, não me importo, e em meio a tanta hipocrisia, me ouço perguntando como estou, respondendo que estou muito bem, obrigada, e sinto lágrimas rolarem pelo rosto. Do que adianta mentir, se me conheço mais do que qualquer outra pessoa? Logo falo para mim mesma que esse tempo nublado me desanima, que eu quero chuva ou sol (talvez os dois juntos), porque a ausência de cor no dia faz-me ainda mais cinzenta. Eu revelo que temo borboletas e não as lagartas, que invejo as gaivotas lá do céu, que gosto de desenhar (o que não é de praxe), mas quando desenho, faço como esboço, com a mão leve, sem medidas ou pretensões, e que essa é apenas mais uma frustração. Ninguém sabe admirar os meus traços malfeitos; apenas eu vejo beleza na irrefutável feiura de meus desenhos, vejo nítida a nostalgia e lembro-me de que quando eu era criança e desenhava da mesma forma. Digo, também, que um de meus maiores sonhos é aprender a tocar piano, pois ele é de tamanha boniteza, que faz-me chorar e desmancha meu rancor, convertendo em alegria. Ao mesmo tempo que é sonho, é vida, e aí não precisa pender entre os dois planos mais complexos da história dos seres humanos. Eu conto, peço segredo, começo um monólogo quase infinito, como se não me cansasse de falar. Eu grito, cochicho e, às vezes, me perco. Aí olho para os meus dedos e vejo que eles ainda doem, ainda parecem meio rasgados, sem força. Apenas respiro.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span>E recomeço a falar.</span></span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-32000172220875520322012-02-02T09:50:00.000-08:002012-02-02T09:50:51.807-08:00Escreverei.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">A garota abriu o livro. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Dedilhou-o calmamente, com dedos costumeiramente famintos, ansiosos, mas pacientes. Estava sentada no chão frio da varanda, sentindo a brisa gélida beijar seu rosto, degustando a sensação de completa paz na qual estava imersa. Era noite, e sobre si mesma pairava o elegantíssimo pedaço da lua, o único vestígio de inspiração que o céu a concedia. A menina ainda não havia lido o livro e, especialmente por isso - porque aquelas páginas estavam cobertas por um esplêndido véu de mistério -, a comoção residia. Finalmente, sobre a primeira página foram postos os olhos dela, e a seguinte ordem foi lida: ESCREVA. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Surpresa, começou a pensar. Havia consumido tantas palavras, aprisionado em seu cérebro a imensidão de tanto conhecimento, que talvez - ou melhor, provavelmente - estivesse pronta para vomitar tudo em pedaços de papel. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Fechou o livro e tascou um beijo em sua capa pintada. Entrou na casa, pegou dois lápis e fez-se história: </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">“Os corpos imploram por mais alma, o mundo chora lágrimas que, antes mesmo decaírem, já se amarguram. Mas, ainda assim, há muitos sorrisos ingênuos, muita felicidade camuflada em medos fúnebres, muita solidão à espera de companhia.” </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Com os dedos antes ansiosos completamente concentrados, mexendo de um lado para o outro, continuou. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">E a noite fez-se eterna…</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-43087095556462865792012-01-16T13:29:00.000-08:002012-01-16T13:29:50.265-08:00Escritas Docentes.<span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span id="inner"> Escrevo como quem fala, não como quem escreve. Não sei, essa coisa de literatura é tão linda, mas o meu intelecto se faz pouco demais para ela às vezes. Por mais que goste, que leia e releia inúmeros livros renomados e desconhecidos, o meu português se faz na emoção. Escrevo com a voz nervosa, feliz, embargada… Escrevo fazendo pausas, respirando fundo, sentindo o corte arder ou a alegria tomar conta, relembrando e sorrindo. Escrevo brincando, parando para olhar pela janela, enrolando as palavras e tropeçando nas vírgulas. Escrevo dando tom, o meu exato tom de quem quer apenas falar. Sem regras, referências ou pré-planejamentos. As minhas palavras são sempre no improviso de uma boa emoção.</span></span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-89378009204965028922011-11-27T10:47:00.000-08:002011-11-27T10:47:23.299-08:00As vidas.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Caminho lentamente pela calçada estreita da avenida principal há tanta agitação na rua. Procuro analisar calmamente e minuciosamente os traços escondidos nos semblantes alheios, cada qual com a sua história. As ruguinhas de expressão acusam noites chorosas e dias alegres. Tento ouvir os batimentos compassados que transitam ao meu lado, imaginando a história que cada ser carrega junto ao peito. Cada um carrega um outro igual, como peso, como calma, mas os corações corriqueiros nunca estão sozinhos. Alguns estão ao telefone e outros caminham com paciência. No banco da praça alguns casais dividem sorvetes e sonhos, outros em cantos mais distantes misturam histórias em lágrimas e terminam a tarde impondo um fim definitivo. Atravesso a esquina seguinte e automaticamente vasculho as ruas a fim de encontrar qualquer coisa. Apenas de corpo presente, observo. Há tantas histórias as quais se misturar nas ruas e descidas da cidade, corações sofredores apelam aqui e ali por encontro na calada da consciência. Vidas vêm e vão, na mesma velocidade em que os carros avançam o sinal verde. Sou apenas mais alguém carregando a bolsa de lado cheia de sonhos e esperanças, procurando o lugar certo para entregar. Destinos se cruzam na próxima esquina, amores surgem na loja da frente. O céu é tão infinito quanto os olhares que se perseguem, o sol irradia tanto quanto as almas ao meu redor. Todos querem um pedacinho de nuvem para descansar. No fim do dia corpos cansados se recolherão aleatoriamente, sozinhos ou acompanhados, sadios ou doentes aos seus respectivos leitos e farão o pedido para o dia posterior, sonharão com um amor distante, ou com aquele que está logo ao lado. As estrelas serão lembradas com sorrisos quando em abraço se olhar para o céu. Capaz seria que se em meio à correria todos parassem por um minuto e sorrisse para o lado, o mundo dormiria mais feliz. Há vida em demasia, creio que haja amor também, de sobra. Agora sei porque o céu é infinito, e o mar imensurávelmente grande. Haja céu para tanto sonho, haja mar para tanto choro.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-91931016193175670092011-11-19T13:25:00.000-08:002011-11-19T13:25:44.702-08:00A pequenez no universo.<span> <span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></span><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Sempre tive curiosidade sobre o universo. Desde pequenina sua imensidão me chama atenção. Aos oito, roubei de meu irmão um livro que falava sobre cada planeta, inclusive plutão, que ainda era considerado um. E eu li e reli esse livro inúmeras vezes. Falava sobre como o homem fez sua primeira viagem espacial na quinta missão do Programa Apollo, a “<em>Apollo 11</em>”. Nesse ponto tive orgulho de fazer parte da humanidade. Aos poucos fui identificando cada planeta pelas suas peculiaridades. Imaginava a vida impossível em cada um. Considerava alucinante a proximidade de Mercúrio do Sol. Tinha medo da atmosfera tóxica de Vênus. Achava lindo o vermelho de Marte. Júpiter parecia incrível, cheguei a ter vontade de visitá-lo, por isso o fato de ele ser um planeta gasoso me dava nos nervos. Tinha vontade de sair patinando sobre seus anéis de gelo. Pensava sobre o quão congelante deveria ser estar tão distante do sol.</span><br />
<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span> </span>Cheguei a me imaginar morando em Plutão. E, após ler O Pequeno Príncipe, pensei em como seria fantástico morar num asteróide só meu. Ou quem sabe eu poderia dividir o asteróide B 612 com a pequenice do personagem de Antoine de Saint-Exupéry, por quem me encantei. Queria ser astronauta e até brincava que a cama de meus pais era solo lunar. Pedi um telescópio de presente do dia das crianças. Sonhei em trabalhar na Nasa, em observatórios nas Cordilheira dos Andes e estudar sobre supernovas. Isolada de todos e envolvida apenas com as minhas curiosidades sobre o infinito. Tive medo de sermos atingidos por corpos soltos ou engolidos por um tremendo buraco negro. Mas nunca deixei de gostar de observar o céu noturno, principalmente quando não nublado, me faz sentir como se realmente fizesse parte desse infinito. Que louco é estarmos perdidos no meio disso tudo.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span> </span>Encanta-me o quão vasto o universo é. Sua imensidão acomodando inúmeras galáxias, sistemas, entre outras organizações que o homem fez para poder compreendê-lo melhor. Fenômenos, dos quais não fazemos ideias, acontecem nele o tempo todo, como uma dança. Várias danças. E todas são lindas e admiráveis de se imaginar. A forma como um grupo de corpos têm seu sol e nele vivem a realizar translação sem cansar ou cessar. Alguns são teimosos e insistem em não fazer parte de dança alguma. Querem apenas seguirem soltos e sem rumo pela escuridão. Mal sabem esses que também fazem parte da festa. A morte das estrelas gerando supernova. Pedaços de corpos que perderam sua origem, mas não deixam de serem incríveis em suas características. Asteroides trazem consigo histórias de qualquer lugar do universo.</span></div><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span> </span>Mas as estrelas sempre me encantaram mais. Elas são, aparentemente, as mais reservadas. Mas apesar de terem um brilho humilde, elas formam, juntas, constelações e formas tão hiperinteressantes que já fizerem o homem se perder nelas. Tentar desvendar o futuro através delas. Elas estão em maioria, espalhadas por todo o infinito. Dando ainda mais beleza a imensidão. Eu não gosto do miticismo que insistem em colocar nelas. Faz pensar que elas, por si só, já não são maravilhosas o suficiente. A existência de vida na Terra é surpreendente. Em bilhões de anos, uma combinação de acontecimentos, colisões e reações químicas ocorreram. Ciência pura. Ainda irei desvendar muitas coisas sobre o universo. Saber que faço parte desse infinito me faz bem. É loucura mesmo, sou meio fora dos eixos, acontece com os melhores. Newton, Galileu e Copérnico que o digam.</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-67913770649652124152011-11-12T13:25:00.001-08:002011-11-12T14:00:13.704-08:00Verbalizando resquícios de mim.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Eu chovo junto com a chuva, purifico, hidrato, rejuvenesço. Escuto a música e ela é tão boa que a vida acaba, se cala para ouvir, paralisa os segundos, os semáforos, os vendavais; mas a morte não existe. Eu deixo-me dominar por surtos de inspirações danados à beça, que pegam-me de supetão e burlam a hora marcada. Abrigo num corpo tão pequeno sentimentos opostos, vontades insanas e lágrimas que parecem sorrir, tão zombeteiras. Aí vou me perdendo na busca por mim mesma, por respostas para perguntas ainda não formuladas e textos para por pontos de interrogações aleatórios. Meu maior desejo é morar numa casa sem teto com paredes de vidro, bem longe, em lugar nenhum, para que as estrelas cubram cimento e eu possa acordar com os primeiros raios da manhã. Não quero proteção, quero céu, cor azul, fragrância das flores, brisa gélida e inspiração para singelos poemas escritos em prosa. Eu fascino-me com as cores cujo nome não faço ideia, envolvo-me com livros de todos os gêneros possíveis e vivo vidas que não são minhas. </span><br />
<span style="font-size: small;"> Personifico papel, sinos e estações, porque sei que eles também respiram; o som, porém, é silencioso e imperceptível, já que não há narina, apenas essência. Disseram-me que branca mesmo era a tez da manhã, e agora meus olhos escuros almejam um contraste ao acaso. Se paz sem voz não é paz, mas medo, então grito, expulso sentimentos parasitas, faço-me trator e demulo a mobília, tanto real quanto metafórica. Não evito, não controlo, apenas chovo junto com a chuva, purifico, hidrato, rejuvenesço, porque sou corpo humano com alma de flor. Flor daquelas que se desfazem com o vento e precisam de amor para brotarem, mas sempre caem por terra nos mal-me-quer, bem-me-quer. Flor do tipo que guarda uma fragrância misteriosa e entrega a alma para poetas que fazem delas uma obra de arte. Eu sou eu porque não sei ser outro alguém, e aí confundo, baralho conceitos e sentimentos como se eles fossem rei e rainha de copas. Eu corro, eu fujo, me afasto e deixo uma carta sobre a cômoda: “Dessa vez, talvez não volte”. </span><br />
<span style="font-size: small;"> Verbalizo sensações e pedaços que cato de mim mesma, faço reconstruções dos meus castelos e masmorras, tento seguir um protótipo de “humano ideal” mas me perco. Então - mas só então - finalizo textos sem sentido com travessas reticências, que riem, caçoam, saem de fininho, deixando-me só…</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-11803550443666605232011-11-12T13:11:00.000-08:002011-11-12T13:11:20.404-08:00Sede saciável - uma crítica<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> “Shoppings cheios, bibliotecas vazias”. Essa é a oposição clichê mais usada pela sociedade moderna, mas que nada faz além de conceder alguns instantes de reflexão às mentes de crianças e adolescentes. Ainda que ignoremos, de forma sucinta, a teoria temerosa se prova verdadeira: o povo não lê.</span> </div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> A geração atual, extremamente vulnerável, parece não se importar com a situação que foi imposta; já estando adaptada ao modelo de vida tecnológico implantado pelos aparelhos interativos movidos à eletricidade, convive pacificamente com distrações e passa tempos, substitutos dos livros.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Talvez por praticidade (já que comprar um videogame é mais fácil do que ensinar o filho a ler, interpretar e filtrar as informações do papel), os pais assumem parte da responsabilidade pela ausência do hábito da leitura em seus filhos. A instituição educacional também não se isenta de culpa, pois ao usar métodos insuficientes para estimular o desejo de ler em seus alunos, deixa de contribuir para o progresso intelectual dos mesmos.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Outro fator que desvia o foco das pessoas é a liberdade concedida erroneamente, pois, às vezes, é necessário “empurrar” um livro e colocá-lo na frente da tela do computador, além da apresentação da arte da leitura de forma excessivamente individual e comum.</span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Pode-se concluir, portanto, que o funcionamento social, a imposição, pela mídia, de estereótipos que valorizam a aparência externa e pouco estimulam a intelectualidade e o fato de que a estrutura que forma a maior parte dos jovens cidadãos é frágil e influenciável são alguns motivos que contribuem para a saciação da sede pela leitura na sociedade atual. </span></div><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Pronto. Desabafei!</span></span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-1412689298525048882011-10-29T15:30:00.000-07:002011-10-30T11:43:39.560-07:00Inconstância.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Eu conto os segundos porque não quero ser contado, porque tenho pavor demais de chegar tarde, de não poder eu mesma saber dos meus segredos e escolher os que jogo ou os que deixo. Assim os segundos me contam do mundo, que sou capaz de ficar com o coração pesado ao passar na rua, que eu não deveria sentir e compreender qual é a marcha que o vento faz para ver se eu me conservo. Para ver se eu me protejo do sol com qualquer coragem. Para ver se eu paro de esquecer guarda-chuvas e varas de condão, e recortes de jornais onde faço origamis. E me contam que essa vida poderia ser melhor de outro ângulo, de outra rua, de outra época. De outra vida. Eu percebo sem ajuda o quanto é duro decidir minhas próprias coisas. Falar minhas próprias coisas. Sentir minhas próprias coisas. Tão minhas que às vezes saem para fora deste mundo e eu não sou esperta o suficiente para dividir com ninguém. Ter esse chão que sempre cobra o troco por me apoiar dia após dia e esse céu que despeja lágrimas sem que eu dê permissão - esses tipos de piada refletem em mim e o desespero grita alto. Eu poderia ser uma pessoa melhor, mais solta, mais compreensível. Eu poderia deixar esse vento seguir o rumo dele sem minhas interferências de pensamento ou confissão. Mato um pouco meus fervores para ver se sou aceitável depois de ser entendida. Para lutar por uma causa, caso seja enforcada e me mantenha viva. Eu preciso de vinho. Preciso liberar a garganta e empunhar papeis, descobrir eu mesma se sou responsável por mim, vítima ou vilan de mim. Não espero ser o escuro para sempre. Espero ter respostas. Saber como me salvar, onde ficam as saídas. Se existirem saídas. Se eu puder sair de mim.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-17576683640747328542011-10-27T14:52:00.001-07:002011-10-27T14:53:52.767-07:00O tal do tempo…<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> O relógio teimava em soar… Malditas horas, malditos dias, maldita vida que se arrasta refém de um tempo que não está em minhas mãos. Tempo frenético, morto, inimigo meu. Tento puxá-lo pelas mãos, mas ele me escapa novamente. Envereda-se por becos escuros, onde não consigo ir. Ah, quem me dera domar o tempo, quem me dera controlar os segundos de minha vida como quem tem as linhas de seu próprio destino. Encaminho-me para um lugar distante em busca dos segundos no relógio que tanto perdi, me jogo de cima de pontes que mal sei o nome, conheço céus que não têm cores. Ninguém parece entender que os resquícios ‘dum passado que marcou meus dias continua latejando minha mente… A história sem sua continuação, apenas um epílogo mal feito… O desfecho com o mesmo final.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Eu me vejo em tantos escritos que já se foram. Me armo até onde posso com sentimentos que penso serem puros… No final do dia, apenas sou um lascivo moribundo, atrás ‘duma ave a me amar… Que me leve por asas a um lugar que me pertença… Moça, no final dos dias somos dois loucos querendo nos encontrar, largar a solidão que emana de nossos passos e exala de nossas mentes. Antes que o ponteiro do relógio anuncie sua partida, venha… Se encontre em mim para nunca mais eu me perder, sim?</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-2808364198336383592011-10-11T15:19:00.001-07:002011-10-11T15:19:56.832-07:00A fulga do meu eu. <span style="font-family: inherit; font-size: small;">Também existem essas horas em que minha solidão amiga e minha tristeza costumeira não me bastam. Situações que me isolam de mim mesma, quando eu me jogo para escanteio, quando eu assumo que o peso do meu coração é suportável, mas nem por isso é fácil de carregar. Eu poderia não olhar para os lados, não deixar que meus joelhos se ferissem, não cair de amores pelo mistério, mas não. Estou numa constante queda e ninguém numerou o andar. Tenho uns metros e alguns vestígios de desejos nos olhos. E, ainda assim, há momentos em que o vento é só uma pincelada de liberdade. Na maior parte do tempo, quero mais. Não sempre, nem se pode. Minha sina é só de sentir e às vezes eu clamo descanso. Quero teu tapete aveludado pra deitar ao lado. Quero tua sala muito vazia para caber todo o silêncio que me cerca. Quero teu colo sem perguntas para passar a noite. Porque eu também preciso tirar férias de mim. Trocar de corpo e largar de mão a imensa turbulência de sentimentos que o mundo me trouxe. Por favor, meu eu, faço qualquer coisa para conseguir um minuto sozinha, sem mim. Pois não sei me virar acompanhada em caso de emergência. E esse é, definitivamente, um caso de emergência. Sem metáfora, sem exagero. Nada é figurativo quando se trata da responsabilidade pela própria vida.</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-32754926383240688642011-10-03T17:36:00.000-07:002011-10-03T17:36:12.505-07:00Gentilezas.<div class="hc"> <span style="font-family: inherit; font-size: small;">Um dia desses eu estava caminhando perto da minha casa, numa dessas calçadas estreitas que tem aos montes, quando a sacola de compras de uma senhora que caminhava na minha frente arrebentou e dela caíram várias laranjas. Obviamente, quer dizer nos dias de hoje nem sei se é tão óbvio assim, parei para ajudá-la.</span></div><div class="two" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span> Depois de ter recolhido tudo junto com ela, sobrou uma laranja que eu peguei e quando fui entregar, ela me ofereceu como presente em agradecimento pela ajuda. Agradeci de volta, ela me desejou sorte e cada um seguiu seu caminho, o seu dia e foi cuidar da vida.<br />
Nada demais, uma historinha boba como qualquer outra que pode acontecer com qualquer um se não tivesse servido para me fazer pensar que caso ocorresse durante alguma viagem minha por qualquer lugar do mundo, eu pensaria assim: “nossa, que povo simpático, educado, cortês”.<br />
O ser humano consegue ser extremamente agradável quando quer, o grande problema é que não se esforça nem um pouco para isso na maioria das vezes. A nossa sociedade contemporânea atribui força e delega admiração à indiferença e ao cinismo solitário, ao sarcasmo que invariavelmente é confundido com inteligência.<br />
Essa brutalidade intrínseca é tão presente e tão “normal”, que uma pequena e doce experiência como essa me faz acreditar que a despeito de tudo, nem todos valorizam o áspero, o demasiado objetivo, o impessoal e que de vez em quando alguém pode lhe oferecer a sobremesa do seu almoço numa simples retribuição a um ato de solidariedade.<br />
<br />
O meu “obrigado” à simpática senhorinha por isto.</span></span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-27972929335801381092011-09-26T17:24:00.000-07:002011-09-26T17:24:11.691-07:00Eco Poético.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> A madrugada me chamou para dançar, com sua valsa medida e bem vestida, veio até meus braços me ensinar a dançar; essa dança de tristeza que nos levou até o pilar das angústias passadas. São sinfonias não mais silenciosas que quebram as horas em busca de novos admiradores, fantasmas que vagam na inconstância da noite abrindo as portas dos nossos segredos não preparados para a valsa macabra das horas contínuas. São lamentações e murmúrios que se transformam em ótimos dançarinos, arrancando dos saltos o som dos suspiros chorosos.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> Brindemos, então, minha graça, às expectativas não alcançadas, as inverdades sofridas no peito e na alma, como a celeste incompletude de dias que deveriam ser apaixonantes. Cadafalso de palavras revestidas do cálix da amargura, perfídia como sombria oscilação dessa alma ainda muda. Assim como corvos famintos a sobrevoarem teu céu, as dores se copulam em tua face, adentrando em teu peito despedaçado, dando mais escuridão às partículas que sobraram dessa fé poética que, hoje, lhe causa ânsia de vômito. </span></div> <span style="font-family: inherit; font-size: small;">Por Deus, eu sei, antes sentia a mão da divina esperança sobre tua cabeça repousar. Agora, olha-se moribunda e perdida, sem uma gota de sorriso ao longo desse centenário de lamúrios não revestidos, transformados em trêmulos lábios de ansiedade, em busca da vida nova nas celestes auras não partidas. São criações desse teu peito danado e teimoso que ainda consegue resgatar orvalhos de força para ultrapassar as tormentas à caminho do sol da liberdade; um heroico ato, movido por uma legião de sentimentos arraigados a tua alma que ainda se locomove. São respirações espirituais de uma tentativa real de recomeço, olhos enamorados que rejeitam a dor manifestada em rostos; filhos da própria história, hoje, andando sozinhos.</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-17538345775392685612011-09-23T10:55:00.000-07:002011-09-23T10:56:14.423-07:00Sou Psicopata.<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px;"> </span>Etimologicamente falando sou sim psicopata, doente da alma, cheia de danos e más recordações. Tenho também como sensação preferida, a misantropia, o tédio a humanidade. Pessoas me cansam. Na pele, no riso e escondida atras das palavras, trago marcas que tendem a crescer ao decorrer do tempo. Costumam dizer que o remédio é o tempo, ainda acho que é a poesia, a invenção, a paixão. Invento. Amo. Desamo. Apego. Desapego. Mudo. Re-invento meu passado nela, por isso esqueço as magoas, as transformo no que deveriam ter sido, prevejo meu futuro e o faço como quero. Enquanto ao presente, escrevo pouco dele, porque nele estou sempre a escrever. Lembro que uma vez meu pai perguntou-me porque comecei a poetizar minha vida, ou a que gostaria de ter, respondi-lhe que só assim conseguia descansar, hoje minha resposta seria outra, hoje minha poesia vai além do alivio, ela hoje também é o meu peso, talvez minha alma poética faça de mim uma escrava, alguém viciada, dependente, da minha alma doente e de um papel, diria ao meu pai também que não comecei a poetizar minha vida, sempre a poetizei, mesmo quando não as escrevia, porque minha alma doente, ainda não morreu porque sente poesia, eu respiro poesia, e sempre a respirei.<br />
Acho que minha alma não morrerá, porque poetas não morrem, são eternizados n’um papel, por isso decidi escrever este texto, falar da minha alma, para que ela nunca se vá. Já me chamaram de louca, de tola, mas vejo com clareza que é realmente isto que todo poeta é, um louco, louco de amor, e orgulho-me dessa doença me apossar. Assim como todo psicopata necessita de seus tratamento, necessito dos meus, uma dose de café e um caderno em branco. Tenho minhas manias de louco também, converso sozinha ou melhor com meus muitos eus e seus desejos. Morro neste mundo imundo e renasço nos papéis e ainda assim sempre volto a respirar com a alma doente. Doença dos amantes, dos apaixonados! Meus dramas são todos mexicanos, e todos viram poesias, porque só dramatizar na mente não teria graça. Faço novelas, faço contos, faço verdades que não passam de mentiras bem escritas, e acredito em todas. Quando minto verbalmente no meu dia-a-dia sempre sou apanhada, e me convenço que meu talento é outro, mentir no papel, enganar a todos e a mim, com minhas estorias de amor ou de desamor. Outro dia eu me vi n’um debate incessante com meu professor de sociologia e me veio subitamente uma poesia em mente, dessas que se não anotas rapidamente fogem de tua mente na mesma velocidade que uma estrela cadente passa no céu. Eu corri. Abri meu caderno e anotei a ideia central da futura poesia “o lixo do mundo”, e quando estava novamente pronta a debater, me veio da alma doente um grito, que saiu de minha boca como um eco - ”O lixo do mundo, o mundo é o lixo, não sendo lixo, sendo a lixeira” o professor me disse “poetas são psicopatas, convencem o mundo com suas mentiras, converteu-me que este lixo é mesmo sem fim”, então eu pensei “Que tolo! Não vê que a filosofia das nossas almas poéticas, é outra, é reciclar”.M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-41295211072960407632011-09-20T16:19:00.000-07:002011-09-20T16:19:26.344-07:00Em busca da verdadeira Felicidade.<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> As pessoas vivem em uma incessante busca pela felicidade. Buscam, buscam, trilham caminhos árduos…Acabam por nem observar a paisagem ao longo desses caminhos. E a felicidade é justamente isso. É o caminho, é a busca, é o crer, é o ser, é o QUERER. Sim, querer. Querer estar bem consigo mesmo. Querer se sentir bem. A maioria dos seres humanos acredita que a felicidade se encontra nas grandes coisas, nos grandes sonhos, nas grandes realizações. Mas é aí que se enganam. A felicidade é o tipo de coisa que vai acontecendo, vai fluindo…É um processo gradativo. É um acúmulo de alegrias. A alegria por si só, não. Essa é passageira. Dá e logo, logo, passa. A alegria é proporcionada por prazeres externos… Já a felicidade, ah…a felicidade. Essa, meu amigo, está dentro de você. Quer ser feliz? Vire-se do avesso. Ou melhor, revire-se. Talvez, se você parar um pouquinho de fugir de si mesmo e começar a olhar pra dentro de si, você consiga encontrar essa tal felicidade. Você precisa descobrir o que te move, o que te desperta. O que você procura pode estar ao alcance do seu olhar. Coisas tão simples que acabam por tornar-se complexas por uma simples falta de visão do ser humano. Um sorriso, uma conversa afetuosa, um filme com quem se ama, uma volta no parque, um abraço de mãe, uma fruta colhida do pé, o pôr do sol, a lua cheia, a areia quentinha abaixo de seus pés. Todos esses momentos nos provocam sensações indescritíveis de estar bem e de querer permanecer bem. Esses pequenos momentos de alegria é que vão se unir e formar a tal da felicidade. Pequenos momentos que as pessoas deixam passar pois estão muito ocupadas com a tal da busca infindável… Vivencie a sua busca pela felicidade, sinta! Entre em sincronia com você mesmo. E assim, quando menos perceberes, estarás sendo feliz.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-57000686102844728472011-09-15T16:49:00.000-07:002011-09-19T10:47:20.333-07:00Aquela carta... <span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O mundo mudou. As cartas não precisam de remetente, os prédios cobrem-se com espelhos e dispensam janelas, o ar não é mais natural, mas condicionado, as músicas só precisam de letras e quaisquer acordes formam melodias. Você mudou. Agora, camufla-se numa sociedade depreciativa e injusta, faz-se dono de si mesmo e recusa minhas doações sinceras de afagos. Só posso dizer que também mudei. E nesse planeta tão cheio de gente vazia, eu quero fazer-me âncora de cabeça para baixo, pois muito discordo e dessa ideia de prender-me ao chão; tenho mesmo que segurar as nuvens e o céu, mirar o alto, ultrapassar as gaivotas, começar por baixo e elevar-me ao infinito. Aqui, nesse protótipo de masmorra, eu quero metamorfosear-me em fênix, pois nutro incrível admiração por esse ser tão puro, doce e sábio; acho que renascer das próprias cinzas traduz um pouco dos meus ideais e afirma que a morte não existe, é só ilusão. Eu quero prolongar para a eternidade essa vontade louca e deliciosa de escrever, pois nas palavras ponho um pedaço de mim e despejo o peso dos fardos que carrego. E, ah, se o mundo moderno e instável soubesse como a leveza que me domina é confortante! Rasgaria a camisa de força que o prende e leria uns livros de poesia… </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> Mas o mundo não sabe. Ele continua preso, agarrado às correntes, escondendo o portal da liberdade de si mesmo. Aqui, nesse canto, eu quero desatar os nós que me mantem refém de um lar contraditório, desigual e infeliz para poder criar asas e planar alturas inimagináveis. Eu quero parar de querer e ser, fazer e tornar-me, tão simplesmente, reflexo dos desejos sinceros e singulares que residem em meu âmago. Enquanto não o faço, olho pela janela e vejo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> As pessoas mudaram. Hoje não acreditam mais no pote de ouro no fim do arco-íris, esperam a chuva passar dentro de seus respectivos automóveis e escrevem no diário duas vezes por ano. Vi também que meus rabiscos sempre começam com o pronome “eu” e isso talvez signifique que eu procuro loucamente por mim mesma, reforçando os traços da minha personalidade em formação. É que também mudei, estou mudando.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> E, sinceramente, hoje só espero que o mundo encontre as chaves que deixei sob o carpete…</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-46650517769690693942011-09-15T16:44:00.001-07:002011-09-19T10:47:00.514-07:00Ausência.<div id="photo_info_10256249244" style="clear: both; display: none; font-size: 10px; height: 27px; line-height: 20px;"><a href="http://desastre-mental.tumblr.com/">desastre-mental.tumblr.com</a> → </div> <span style="font-family: inherit; font-size: small;">Sem nunca ter sentido o gosto dos teus lábios, sabia que teriam o gosto mais doce do mundo; sem nunca ter olhado-o nos olhos, sabia que seria o olhar mais encantador; sem nunca tê-lo tocado, sabia que teria a pele mais macia e cheirosa que possível ter; sem nunca ter ouvido a tua voz, sabia que seria a que permaneceria em minha mente para sempre. <b>Sem nunca ter amado, sabia que amava-te. </b>Uma história sem prolixos, um único olhar responderia a todas e quaisquer perguntas. Todos os parágrafos dos textos presentes nas cartas (que mandava-te e que mandava-me) eram extensos, mas com uma conclusão simples e resumida: amávamos-nos. Tua letra caligrafada e a minha desleixada, ambas juntas tornavam-se perfeitas; nossas almas, uma pertencente à outra, eram incríveis, exuberantes. Queríamos um amor eterno, esbelto e incólume; queríamos um ao outro. Desejavas juntar as cartas quais recebi de ti e mostrar-te que guardei todas elas, numa caixinha que deste-me de presente; mostrar-te que ali, era resumido o nosso amor <i>(um resumo bem extenso, com todas aquelas cartas).</i> Contava-me os teus sonhos com nossos corpos colado um no outro; contava-me que sentiu em si mesmo, quando, num dos muitos sonhos, nossos lábios tocaram-se. <b>Partilhávamos todos os sonhos ou devaneios que tínhamos; </b>contávamos quais eram as nossas reações ao ouvir tocar a nossa música num lugar preenchido por uma multidão (eu bailava sozinha, imaginando teu corpo no meu). Lembrávamos das primeiras conversas, sem saber que tal imenso amor iria nascer ali. Agora aqui jaz um amor, só de mim (de mim à ti); pois, onde foste o teu amor (por mim)? Cansou-se e cessou-se? Perdemos-nos um do outro; fugimos um do outro; mas por quê? Perdi-te, perdi o caminho, perdi os sonhos; mas não perdi o amor, ainda carrego-o aqui comigo; como uma faca afiada que encontra-se dentro do coração, que vai rasgando e apagando a cor, dum vermelho límpido, de meu coração; e rasgando meu peito, perfurando-o dolorosamente. <i>Indago-me: serás que nossas almas ainda irão encontrar-se por aí? </i>Perdidas no mundo, com a ausência de “nós”, do amor de mim por ti e de ti por mim… <b> Afagou e depois afogou o nosso amor? Enterrou, soterrou e asfixiou-o?</b><b>O nosso diálogo, agora és o meu monólogo. Sinto a nostalgia da tua alma,</b> sinto nostalgia do “nós” que tu deu um “nó” e trancafiou num lugarejo qualquer. Martírio de nosso amor, oscilação de minha alma, dor da ausência que fazes-me. Não lhe eras o suficiente, lhe machucava ou tropicou numa outra alma mais límpida? São tantas perguntas para lhe fazer; és tanta a saudade que faz-me; és tanta a dor que dilacera-me. Tua partida roubou-me o pouco brilho que possuía, ofuscou-me por inteira. </span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-11782808999993487792011-09-10T16:57:00.001-07:002011-09-12T12:14:39.435-07:00A sua inexistência<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> De vez em quando, pra não dizer em sempre, enquanto a claridade cede espaço à escuridão, eu fico ali sonhando qualquer coisa meio boba que me faça flutuar. E enquanto o sol colore o céu de um tom laranja, eu sento-me em mesa para dois e imagino que estou te esperando chegar com o sorriso das 7, e um abraço apertado. E eu digo até meio convicta, que pra tudo já tenho par. Ando na rua com amor a tiracolo te esperando me encontrar. E a mão balança, dança, abana o vento procurando outra para segurar. De vez em quando eu tiro som do violão desafinado, como quem faz música de amor sincero. E eu faço filme, vejo drama de ciúme aflito, e na calada da consciência, desejo ser apenas eu perto de ti. E o telefone quando toca, assusta meu coração abobado, que sorri desapontado por se lembrar que você nem tem o meu número. Levo dinheiro pra duas casquinhas, caso eu vá te convidar na praça pra tomar um sorvete, em qualquer tarde de domingo. Dá pra entender o coração acelerado, criando sonhos ao despertar, sem que eu ainda nem pude te encontrar? A gente tem que se esbarrar em algum canto por aí, pra sem querer eu te encontrar e você me descobrir.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-38226438281511065902011-09-05T16:06:00.001-07:002011-09-05T16:06:07.728-07:00<span style="font-family: inherit; font-size: small;"><b style="font-weight: normal;"> N</b>ão há estrelas essa noite. Vai chover. Assim eu espero. Ansiosamente. Espero a chuva e sua permissão para ser um pouco melancólica e poder dormir ouvindo águas que não são minhas. Vendo lavar a rua e balançar os galhos, espanar poeiras escondidas e revolver a terra do morro, manchar os pés dos passantes. Espero que a chuva salpique meu quarto e levante aquele cheiro de capim molhado. Mas gostoso que o de poeira assentada, que insiste em permanecer nos móveis, mesmo depois de espanar. O vento passeia por entre as roupas na cadeira, balança os papéis sobre a mesa e me dá esperança, de quem sabe, um dia, mudar tudo do lugar. Espero a chuva, como quem tem esperança.</span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-32017257505268628592011-09-02T16:47:00.000-07:002011-09-05T15:40:10.489-07:00Duvide ou acredite.<div style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: small;"> Eu cheguei a estar lá… Mas não tenho certeza de que isto tenha realmente acontecido. Os sonhos que tenho as vezes me pregam peças e acabo esquecendo do que é real e o que é imaginário. Só me lembro que o céu estava da cor do lago cheio de folhas amarelo-ouro a flutuarem sem pressa. </span></div><div style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: small;"> Recordo-me do asfalto: vazio. E a imensidão se distendia por todos os lados, preenchia a vista. As formas da natureza esquecida esmerava-se nos recantos sombrios, distantes das ruínas que eu estava acostumado a presenciar. Recordo-me do gosto amargo que senti na boca na noite anterior e dos meus olhos que não se pregaram a noite toda. As horas calmas vazaram e se espalharam, enquanto estava lá, pelo mundo, entre a cidade que agora dorme. </span></div><div style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: small;"> O vento gélido atravessou os vales, os cumes, as folhas o lago e eu. Senti meus pés formigarem, senti meus olhos se fecharem e pensei no porquê das coisas serem como são, tão desconexas à contra mão. Porque ainda existo sem razão?</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: small;">Afinal, meu ser ainda percorre as linhas imaginárias de todas as escapatórias que propriamente criei, uma espécie de fuga que ameniza a realidade de não ter para onde correr. Ao abrir os olhos, encontrei o meu quarto, com as janelas abertas e o mesmo vento frio a atravessá-la. E me atravessar. Os galhos que se movem lá fora estão com as folhas que um dia irão despencar e transitar calmamente no lago. As mãos que aperto aqui são a representação do que não posso tocar por dentro. </span></div><div style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-size: small;"> E é assim todos os dias: fecho meus olhos em busca da proteção que está impregnada nas linhas imaginárias que percorro ao escapar do que me prende aqui, ao escapar de mim.</span></div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-55835239850002777632011-09-02T15:06:00.000-07:002011-09-02T15:06:22.755-07:00<span class="quote"> <span style="font-family: inherit; font-size: small;">Eu poderia ser uma bela definição pra palavra contradição! De vez em quando me perco no meio de tanta contrariedade e de tanta opinião temporária. Às vezes creio ter mais de uma personalidade! Juro que não faço por mal, ora, ter duas caras soa até mal-caratismo, mas só depois que percebo no buraco de contradição que tô caindo. Digo palavras lindas e tomo atitudes verdadeiramente medíocres, respiro fundo e no minuto seguinte não acredito que fiz tal coisa, parece idiotice depois que faço, até me arrependo depois… mas deixo pra lá, o pouco orgulho que ainda me resta não permite que eu fique remoendo nada. Orgulho é uma coisa que me tira do sério. Não suporto gente orgulhosa, mas é só nas outras pessoas, não sou uma pessoa pra lá de orgulhosa, mas adoro quando o mesmo vem de mim, acho o máximo fazer os outros virem atrás de mim. Minhas relações de afeto também são meio conturbadas, quando começo a gostar de alguém, me afasto, esqueço, algo acontece, desanda tudo. Não sinto inveja, longe de mim ficar de invejinha, mas digo odiar sem ao menos saber o nome do indivíduo. Juro que já tentei parar com isso, já me repreenderam o bastante, mas eu sempre acerto, aponto o dedo e digo meia dúzia de verdades. Meu amor é destinado pra pouquíssimos, em compensação tenho amor incondicional pelos mesmos, daquele amor de querer transformar a pessoa num boneco meu e levar pra tudo quanto é lado, de ficar agarrado o dia todo… mas em dez minutos já tô cansado da mesma voz ecoando no meu ouvido. Odeio que sintam ciúmes de mim, acho idiotice e enche meu saco, mas se eu pudesse proibiria meus amigos de falarem com outras pessoas e odeio quando os mesmos fazem amizades novas. Sou do tipo ciumento que faz um dramalhão tremendo. Guardo rancor e nunca esqueço a sacanagem que fizeram comigo! Prometo pra mim mesmo dar um gelo de um bom tempo na pessoa mas no dia seguinte acabo esquecendo e deixo pra lá. Pior mesmo só quando chamo alguém de arrogante. Não aceito estar errado, não mesmo, sou o dono da verdade e já me apeguei a esse fato,sim, pra mim um fato. Odeio infantilidade e falta de maturidade mas volto a ter sete anos em brincadeiras. Também não aceito perder nada, jogo ”pedra, papel e tesoura” como se estivesse valendo minha vida. Eu já tentei mudar e andei tendo uma mania ridícula de tentar me entender, mas desisti, decidi me aceitar e ao mesmo tempo deixar de fora quem não me aceita desse jeito desvairado. Me apeguei a essa frase e decidi levá-la no bolso a calça: ”já que sou, o jeito é ser.</span></span>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4322944772569225922.post-43621375418989638672011-09-02T15:05:00.001-07:002011-09-02T15:05:28.645-07:00<div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><span class="quote">Eu desafino, perco o tom, eu grito aos quatro ventos. Procuro, continuo procurando por algo ou alguém. Tropeço, choro, levanto. Choro mais uma vez e vou secando minhas lágrimas enquanto anseio na busca pelo inimaginável. Passo por terras desconhecidas, tomo caminhos um tanto perigosos. Idas e vindas me compõem.</span></span> </div>M. Ferrazhttp://www.blogger.com/profile/14573055759856224945noreply@blogger.com0