quinta-feira, 4 de agosto de 2011

 Os calafrios tomaram conta da noite. Estavam os dois abraçados diante da cumplicidade da lua. Tímidos, evitavam se entreolhar. Nem mesmo se tocavam com muita intensidade. Era só o braço dele em volta do ombro dela e a cabeça dela reclinada em seu peito. Era só um sabendo da vontade do outro, mas sem proferir palavra alguma.
 Aos poucos, a mão dele foi deslizando pelas costas da menina, fazendo-a arrepiar. Foi como desabrochar uma flor. Com o simples toque de seus dedos, a menina se entregou. Jogou-o contra uma parede vizinha. Desabotoou os brincos, os panos e os tênis. Deixou tudo ao relento. Sem margem de erro. Somente dois corpos quase suados envolvendo-se perante a noite fria. Ela perdeu o chão, literalmente. Cercou-o com suas pernas delicadas. Incorporou o seu corpo ao dele. Um, dois, um. Instigados pelo sabor um do outro foram desvendando mais que o rosto. Ele a sufocava quando engolia sua pele. Arrepiava os arredores uniformes. Úmidos, unidos, únicos. Uma noite, maravilhosa noite. Noite deles.

 

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