quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Eu sou um texto.

O texto não precisa ser dramático. Não precisa ser escrito cheio de profundidades aleatórias, sangues inexistentes ou choros que você desconhece. Precisa de imaginação, jamais de fingimento. O texto é quase como um jornal: não precisa ser apelativo, ainda que às vezes isso nos fuja. A notícia errada traz a sensação de desconfiança. E ninguém quer palavras desconfiadas. Mas há, entre muitas coisas que ele não precisa ser, uma que ele precisa: seu. O texto precisa ser seu, repleto de você. Da sua dor até a sua maior alegria, todo seu. E quantas vezes me perguntarem o que o texto precisa ter, eu direi: ele precisa ter as doses suas do momento. E será seu, sempre seu, mas chegará aos outros como se fosse deles, e também será, por sentirem que não são os únicos. Repetindo, o texto é quase como um jornal, contando uma história com o seu protagonista, mas fazendo mil leitores a gravarem na memória e tomarem para si. O texto, meus queridos, precisa ser recheado de vocês

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