“Shoppings cheios, bibliotecas vazias”. Essa é a oposição clichê mais usada pela sociedade moderna, mas que nada faz além de conceder alguns instantes de reflexão às mentes de crianças e adolescentes. Ainda que ignoremos, de forma sucinta, a teoria temerosa se prova verdadeira: o povo não lê.
A geração atual, extremamente vulnerável, parece não se importar com a situação que foi imposta; já estando adaptada ao modelo de vida tecnológico implantado pelos aparelhos interativos movidos à eletricidade, convive pacificamente com distrações e passa tempos, substitutos dos livros.
Talvez por praticidade (já que comprar um videogame é mais fácil do que ensinar o filho a ler, interpretar e filtrar as informações do papel), os pais assumem parte da responsabilidade pela ausência do hábito da leitura em seus filhos. A instituição educacional também não se isenta de culpa, pois ao usar métodos insuficientes para estimular o desejo de ler em seus alunos, deixa de contribuir para o progresso intelectual dos mesmos.
Outro fator que desvia o foco das pessoas é a liberdade concedida erroneamente, pois, às vezes, é necessário “empurrar” um livro e colocá-lo na frente da tela do computador, além da apresentação da arte da leitura de forma excessivamente individual e comum.
Pode-se concluir, portanto, que o funcionamento social, a imposição, pela mídia, de estereótipos que valorizam a aparência externa e pouco estimulam a intelectualidade e o fato de que a estrutura que forma a maior parte dos jovens cidadãos é frágil e influenciável são alguns motivos que contribuem para a saciação da sede pela leitura na sociedade atual.
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