sábado, 19 de novembro de 2011

A pequenez no universo.

       Sempre tive curiosidade sobre o universo. Desde pequenina sua imensidão me chama atenção. Aos oito, roubei de meu irmão um livro que falava sobre cada planeta, inclusive plutão, que ainda era considerado um. E eu li e reli esse livro inúmeras vezes. Falava sobre como o homem fez sua primeira viagem espacial na quinta missão do Programa Apollo, a “Apollo 11”. Nesse ponto tive orgulho de fazer parte da humanidade. Aos poucos fui identificando cada planeta pelas suas peculiaridades. Imaginava a vida impossível em cada um. Considerava alucinante a proximidade de Mercúrio do Sol. Tinha medo da atmosfera tóxica de Vênus. Achava lindo o vermelho de Marte. Júpiter parecia incrível, cheguei a ter vontade de visitá-lo, por isso o fato de ele ser um planeta gasoso me dava nos nervos. Tinha vontade de sair patinando sobre seus anéis de gelo. Pensava sobre o quão congelante deveria ser estar tão distante do sol.
    Cheguei a me imaginar morando em Plutão. E, após ler O Pequeno Príncipe, pensei em como seria fantástico morar num asteróide só meu. Ou quem sabe eu poderia dividir o asteróide B 612 com a pequenice do personagem de Antoine de Saint-Exupéry, por quem me encantei. Queria ser astronauta e até brincava que a cama de meus pais era solo lunar.   Pedi um telescópio de presente do dia das crianças. Sonhei em trabalhar na Nasa, em observatórios nas Cordilheira dos Andes e estudar sobre supernovas. Isolada de todos e envolvida apenas com as minhas curiosidades sobre o infinito. Tive medo de sermos atingidos por corpos soltos ou engolidos por um tremendo buraco negro. Mas nunca deixei de gostar de observar o céu noturno, principalmente quando não nublado, me faz sentir como se realmente fizesse parte desse infinito. Que louco é estarmos perdidos no meio disso tudo.
    Encanta-me o quão vasto o universo é. Sua imensidão acomodando inúmeras galáxias, sistemas, entre outras organizações que o homem fez para poder compreendê-lo melhor. Fenômenos, dos quais não fazemos ideias, acontecem nele o tempo todo, como uma dança. Várias danças. E todas são lindas e admiráveis de se imaginar. A forma como um grupo de corpos têm seu sol e nele vivem a realizar translação sem cansar ou cessar. Alguns são teimosos e insistem em não fazer parte de dança alguma. Querem apenas seguirem soltos e sem rumo pela escuridão. Mal sabem esses que também fazem parte da festa. A morte das estrelas gerando supernova. Pedaços de corpos que perderam sua origem, mas não deixam de serem incríveis em suas características. Asteroides trazem consigo histórias de qualquer lugar do universo.
   Mas as estrelas sempre me encantaram mais. Elas são, aparentemente, as mais reservadas. Mas apesar de terem um brilho humilde, elas formam, juntas, constelações e formas tão hiperinteressantes que já fizerem o homem se perder nelas. Tentar desvendar o futuro através delas. Elas estão em maioria, espalhadas por todo o infinito. Dando ainda mais beleza a imensidão. Eu não gosto do miticismo que insistem em colocar nelas. Faz pensar que elas, por si só, já não são maravilhosas o suficiente. A existência de vida na Terra é surpreendente. Em bilhões de anos, uma combinação de acontecimentos, colisões e reações químicas ocorreram. Ciência pura. Ainda irei desvendar muitas coisas sobre o universo. Saber que faço parte desse infinito me faz bem. É loucura mesmo, sou meio fora dos eixos, acontece com os melhores. Newton, Galileu e Copérnico que o digam.

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