quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O tal do tempo…

   O relógio teimava em soar… Malditas horas, malditos dias, maldita vida que se arrasta refém de um tempo que não está em minhas mãos. Tempo frenético, morto, inimigo meu. Tento puxá-lo pelas mãos, mas ele me escapa novamente. Envereda-se por becos escuros, onde não consigo ir. Ah, quem me dera domar o tempo, quem me dera controlar os segundos de minha vida como quem tem as linhas de seu próprio destino. Encaminho-me para um lugar distante em busca dos segundos no relógio que tanto perdi, me jogo de cima de pontes que mal sei o nome, conheço céus que não têm cores. Ninguém parece entender que os resquícios ‘dum passado que marcou meus dias continua latejando minha mente… A história sem sua continuação, apenas um epílogo mal feito… O desfecho com o mesmo final.
   Eu me vejo em tantos escritos que já se foram. Me armo até onde posso com sentimentos que penso serem puros… No final do dia, apenas sou um lascivo moribundo, atrás ‘duma ave a me amar… Que me leve por asas a um lugar que me pertença… Moça, no final dos dias somos dois loucos querendo nos encontrar, largar a solidão que emana de nossos passos e exala de nossas mentes. Antes que o ponteiro do relógio anuncie sua partida, venha… Se encontre em mim para nunca mais eu me perder, sim?

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